sexta-feira, dezembro 08, 2017

O TRINO PARTIU... e AGORA?

Meus irmãos e irmãs, Salve Deus!


Creio que todos estão se
perguntando como ficará a Doutrina com a partida do Trino Ajarã. Surgem muitas
fofocas, conversas plantadas e os gregorinhos de plantão engordam com tanto
material a ser distribuído em suas maledicências.
Para responder este
questionamento é preciso primeiramente diferenciar a Doutrina do Amanhecer das
ordens jurídicas que a administram físico. Na parte material uma das ordens (a
CGTA) perdeu seu presidente e na parte espiritual a Doutrina como um todo,
perdeu um Trino, o Primeiro Doutrinador deste Amanhecer.
A falta do Mestre Gilberto para a
CGTA será irreparável, pois ninguém terá o mesmo carisma e coragem para administrar
tantos templos e lidar com tantos líderes de personalidades tão diferentes. O
vice-presidente da CGTA deverá assumir e manter o sistema organizacional desta
ordem jurídica. Creio ser oportuno comentar, para os que não sabem, que a Ninfa
Nair não é a vice-presidente. Ela chegou a ocupar esta função por ocasião do
registro da ordem, mas o estatuto foi alterado posteriormente.
Dentro da CGTA os Mestres que
costumeiramente substituíam o Trino Ajarã, nas consagrações em que ele não
podia estar presente, continuarão a exercer está função. Como ficará a
organização das escalas e cronogramas deverá ser definido posteriormente, porém
é importante dizer que a outorga da realização das consagrações nas ausência do
Trino deve ficar em vigor.
Muitos se perguntam se devem
recorrer ao Trino Sumanã, pois é o único Trino consagrado por Tia Neiva que
ainda está encarnado. Outros questionam se não seria a hora de voltar ao Templo
Mãe... Salve Deus! Considero isso uma decisão muito pessoal e intuitiva. Cada qual
deve seguir o caminho que lhe faça feliz dentro da Doutrina! Pai Seta Branca
deseja que possamos ser felizes no cumprimento desta missão.
A ausência do Trino Ajarã ainda
trará muitos questionamentos, aos quais me atrevo a responder por ter a
consciência livre e entender que caso não exista tendenciosidade na pergunta,
eu devo responder!
Sobre “deixar como está”... A ausência
do Trino traz uma certa insegurança sobre o registro espiritual das
Consagrações. Eu entendo que o sistema da “Regência Ajarã” resolve este
problema, pois o Trino não deixou um substituto e, embora a Ninfa Nair tenha se
colocado à disposição para atender às últimas consagrações marcadas, ela mesma
reconhece que o comando é do Doutrinador.
Sobre “solicitar ao Trino Sumanã”...
Mestre Michel tem procurado atender a todos que lhe procuram, estando
pessoalmente ou enviando um Regente, no mesmo sistema do Trino Ajarã.
Sobre “voltar ao Templo Mãe”...
Salve Deus! Considero que nunca saímos de lá! A Doutrina é uma só e Pai Seta
Branca é o mesmo em todos os templos. Não existem ordem jurídicas na
espiritualidade. Porém é preciso tomar conhecimento das diferenças de condução
e até mesmo de Leis e intepretações da Lei promovida pelo Trino Ypoarã, Mestre
Raul. E também conhecer seus representantes...!!!
Creio que qualquer decisão que
lhe traga maior tranquilidade será a correta. Não estou para puxar a brasa para
a sardinha de ninguém e tão pouco para criticar qualquer solução citada. Sempre
entendi a Doutrina como uma só e se a partida de Tia Neiva, do Tumuchy, do
Araken, não interrompeu seu crescimento, igualmente a partida do Trino Ajarã não
interromperá.
Viveremos tempos de
questionamentos e avaliações. Cada uma das vertentes e seus líderes ou
pretensos líderes será perscrutado por aqueles que desejam apenas a Doutrina em
sua essência e não se preocupam com posições. Os “alpinistas doutrinários”
surgirão em enxurrada, buscando galgar posições pelos favores ofertados... Mas
estes... Estes nunca fizeram parte da Doutrina.



Kazagrande

sábado, outubro 14, 2017

Pagamento

Um médium não pode cobrar e nem receber coisa alguma como pagamento de seu trabalho na nossa Doutrina. Nem, sequer, um simples agradecimento, porquanto tudo o que faz, que realiza, é pelas energias que os Planos Espirituais lhe concedem, sendo ele apenas um instrumento dessa grandeza.
Deve evitar, quando se desloca a lares e escritórios para a realização de um trabalho especial, lanches e refeições.
O seu trabalho já é plenamente recompensado pelo que recebe da Espiritualidade, suavizando seu carma.
Jamais devemos afrontar um Espírito de Luz com a tão usada frase “Deus lhe pague!”, porque a Espiritualidade trabalha com amor, dedicada na caridade e na misericórdia, sendo, também, instrumento do poder de Deus Pai Todo Poderoso, cuja Força e Luz se propagam através dessas Entidades, chegando até nós e se colocando ao nosso dispor para a ajuda aos nossos irmãos encarnados e desencarnados.
Não há pagamentos – só amor, amor incondicional, que jamais poderá estar ligado a qualquer forma de pagamento, nem na Terra, nem no Céu.

·     “Pai Juvêncio e Zefa eram os únicos que tinham coragem de ir até a um lugarejo por nome Abóbora.
Certa vez, chegando na entrada da cidadezinha, encontraram uma menina, meio desacordada, nos braços da mãe.
Pai Juvêncio chamou Zefa e cochicharam nos ouvidos da menina e a benzeram, retirando aquele espírito, e a menina ficou boa.
Tânia, a mãe da menina, deu algumas frutas como pagamento da cura, pedindo desculpas por não ter mais nada.
Pai Juvêncio e Zefa comeram as frutas, trataram de negócios em Abóbora, e voltaram para a fazenda. 
Felizes, chegaram em casa, mas, ao atravessar a soleira da sua porta, suas barrigas começaram a doer, a doer tanto que chamaram Vovó Cambina da Bahia. Mas nada fazia passar aquela dor.
Uma porção de conjecturas: seria veneno? As desinterias pioravam e as dores aumentavam.
“Pobrezinhos - dizia Pai João -. Resolveram tantas coisas boas para nós! Deve ser alguma provação, Deus testando seus corações...”
Todos já estavam ao redor da fogueira, aguardando que melhorassem, quando Jurema, que estava ao lado de Pai Zé Pedro, se levantou bruscamente. Apontando para os dois, que estavam abaixadinhos na roda da fogueira, gemendo de dor, disse:
- Eles comeram prenda ganha pela sua caridade! Pena Branca não quer que a gente ganhe nada em troca do que se faz na Doutrina. Vovô Agripino lhes disse que a gente só aprende com o espinho fincando na carne.  É, Pai João, todos nós temos um espinho na carne!...
- Oh, meu Deus! - gritaram os dois em uma só voz - Sim, estamos conscientes!
Vovó Cambina já estava chegando com uma cuia de chá. Eles tomaram e contaram o que havia se passado em Abóbora.
Todos abraçaram os dois por sua ação, mas entenderam a lição: Juvêncio e Zefa haviam comido prenda pela caridade que fizeram... Sim, receberam pagamento e Pena Branca não gosta nem de presentes e nem que se cobre pela caridade que se faz! 
Zefa e Juvêncio passaram mais três dias com dor de barriga. Tudo foi alegre, e passou.

Eufrásio, que agora era conselheiro do grupo, achou muito importantes dois fatos: primeiro, Pena Branca não aceitar pagamento pelo trabalho mediúnico e, segundo, a denúncia de Jurema que, em sua clarividência, viu o que se passou. O pobre casal fora lesado por suas mentes preguiçosas.”  (Tia Neiva, 7.3.80)