A Ciência classificou como doente qualquer pessoa que
apresente desequilíbrio ou desvio em um de seus três aspetos: físico, mental ou
social. Na nossa Doutrina, como na maioria das linhas espíritas, acrescentamos
o fator transcendental. Aqui manipulamos energias, aprendemos que, no Universo
que nos rodeia, nós e tudo o mais somos apenas formas de energia, cada um sendo
emissor de uma frequência própria de vibrações.
Na Natureza, onde a escala
natural - mineral, vegetal e animal - apresenta, em cada nível, uma
complexidade maior na formação de seus seres, os mais adiantados apresentam
órgãos que vibram, cada um, independentemente do outro, mas compondo uma
resultante que é a vibração daquele ser. Este é um importante fator na doação
de órgãos (*). No Homem, uma mudança na frequência de um órgão, determina a
doença (*).
Por isso, seriam usadas as vibrações para corrigir e
normalizar a frequência vibratória desse órgão “doente”. Pelos estudos modernos
e científicos, as células do corpo humano selecionam e rejeitam certas vibrações,
podendo, mesmo, por ação de uma vibração, alterar sua frequência e o seu campo eletromagnético,
gerando, caso seja uma vibração negativa, uma despolarização de graves consequências
para o órgão que compõem.
Por isso é preciso criar, em torno do doente, um ambiente
positivo, com vibrações positivas e manipulação de forças geradoras de paz e
confiança. Numa das passagens do Evangelho, Mateus (VIII, 16) nos relata:
“E, chegada a tarde, trouxeram a Jesus muito
endemoninhados e Ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos, e curou
todos os que estavam enfermos.”
E, em IX, 32 e 33:
“Trouxeram a Jesus um homem mudo e endemoninhado. E, expulso o demônio, falou o
mudo, e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel!”
Normalmente, qualquer enfermidade tem sua origem nas alterações de nosso padrão
vibratório, que podem ser causadas por pensamentos, ações ou reações diante de
fatos e pessoas com que nos defrontamos em nossos caminhos cármicos, ou de
irmãos desencarnados, obsessores (*) e elítrios
(*), que são colocados junto a nós quando ainda somos apenas fetos.
Mateus (X, 1 e 5 a 8) nos conta:
“Jesus, chamando seus doze discípulos, deu-lhes o poder sobre os espíritos
imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. (...)
Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelos caminhos das
gentes, nem entrareis em cidades de Samaritanos; mas ide antes às ovelhas
perdidas da casa de Israel, e, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos
Céus! Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os
demônios. De graça recebestes, de graça dai!”
Sobre nossas doenças, sabemos que algumas são acidentais, e podemos nos
recuperar no trabalho de equilíbrio de nosso padrão vibratório, enquanto outras
são cármicas, enão temos como escapar, só nos restando enfrentá-las sem
revolta, com tolerância e amor, visando aplacar o sofrimento. Devemo-nos
lembrar de que, quando fizemos nosso roteiro reencarnatório, escolhemos como
iríamos desencarnar. Ora, se nos defrontamos com uma doença fatal, que foi a que
escolhemos para fazer nossa passagem, não há o que se desesperar nem ir buscar
em outras linhas uma cura impossível.
Quanto mais cultivarmos pensamentos negativos,
mais estes vão se tornando físicos, tornando nossos atos cada vez mais
negativos, carregando de energias de baixo padrão o nosso corpo sutil e a nossa
aura. Estaremos alimentando aqueles irmãozinhos que, por motivos
transcendentais, foram colocados junto a nós para um reajuste, e vibrando
negativamente, especialmente em nossos pontos mais vulneráveis, conseguem
atingir o nosso físico. Através dos chakras, essa energia negativa atinge nosso
corpo físico, desencadeando males que vão desde um simples resfriado até
complicações circulatórias e câncer.
Por isso, é fundamental que nossos pacientes
da Cura Desobsessiva passem, antes, pelos Tronos, para que possam afastar
irmãos desencarnados daquelas auras, facilitando o trabalho da Cura. Um
obsessor pode levar aquele que obsidia a extrema fragilidade física, pelas
energias que suga. Nossa Cura Desobsessiva é um trabalho puramente espiritual,
agindo pelo ectoplasma na aura do paciente, não envolvendo diagnósticos nem
receitas médicas.
No Livro de Leis constam o ritual e importantes observações sobre
a Cura. Não existe qualquer contato com o paciente, exceto no plano astral, e a
recomendação, feita nos Tronos, é a de que o paciente continue seu tratamento
com os médicos terrenos, se o estiver fazendo, e, no máximo, é sugerido que
leve água fluidificada, do Templo, para usar como complemento dos remédios que
estiver tomando.
Não se deve cair em desespero, buscando os destaques de
fenômenos curadores, como, no momento, temos em Pau Melo e em Abadiânia, como
já tivemos Zé Arigó, porque eles só podem atuar em doenças não cármicas, agindo
como orixás de grandes falanges de espíritos médicos, manipulando poderosas
energias que curam o físico de seus pacientes. Na Cura Desobsessiva, na nossa
Doutrina, trabalha-se a energia do corpo sutil e tudo que outros médiuns podem
fazer, nós ali fazemos com maior eficácia. É certo que o resultado vai depender,
na maioria dos casos, do merecimento (*) do paciente.
O processo de cura começa
do interior para o exterior do paciente. A aceitação do tratamento é
fundamental, e independe da fé ou crença do paciente. A falange de Médicos do
Espaço sempre está pronta a agir em nosso socorro. Quando vamos a um médico na
Terra, devemos, antes, pedir aos nossos Mentores que nos protejam e aos Médicos
do Espaço que projetem na mente do médico que vamos consultar, para ajudá-lo
no correto diagnóstico do nosso mal físico. Em julho de 1997, o Trino
Araken proibiu a participação de ninfas com indumentárias de Ninfa Sol ou Lua,
Missionárias ou Prisioneiras, na Cura, exceto, é claro, no Sanday.
O mestre
encarregado de orientar os pacientes que saem da Cura deve ter o máximo cuidado
em só encaminhar para a Junção aqueles que foram expressamente orientados, nos
Tronos, para passarem por aquele trabalho.
•
“Certa vez eu estava envolvida como que em teias de aranha. As pessoas haviam
posto na cabeça que eu curava, adivinhava e dava remédios. Isso era horrível!
No espaço, tenho companheiro para tudo, na hora de advinha, de curar. Porém,
para a cura física, sofro muito. Ninguém quer me ajudar! Trouxeram-se um homem
aos gritos. Vinha do médico. Comecei a cura desobsesssiva, pois vi um elítrio
bem adiantado. Nesta época não dispunha de um Doutrinador formado.
Pensei em
utilizar alguns Aparás, mas os vi ali, sem qualquer sintonia. E aconteceu que o
homem piorava, berrando de dor. Como nem os Pretos Velhos e nem os Caboclos que
estavam por ali me aconselhavam com alguma medicação física, resolvi
administrar uma medicação bem conhecida, e qual não foi minha surpresa ao ver
Vovô Hindu aparecer, dizendo: “Filha, não comece errado! Você veio como
Missionária da Vida Eterna e jurou pelos seus olhos, também, para ensinar o
certo. Deus colocou o médico na Terra com a Ciência Biológica.
Como pode você desafiar
esta Ciência que já está pronta? Se veio com a Missão Crística Evangélica, nada
tem a ver com a Ciência Biológica! Se quisesse desafiar a Medicina ou as Leis
da Terra, Pai Seta Branca a teria preparado como médica, como bacharel ou mesmo
em Letras...” O remédio estava ali. Olhei Vovô Hindu, e ele sorriu. Dei o
remédio e, após mais ou menos cinco minutos, o homem estava bem, e foi embora.
Fiquei meio encabulada. Vovô Hindu começou, então, a me contar essa história:
“Quando o Anjo Ismael decidiu que o Brasil seria a Pátria do Evangelho, vendo a
chegada do Africanismo convocou os cientistas alemães, promovendo sua
sublimação, proibindo o curandeirismo. Estabeleceu-se que os médicos de cura
desobsessiva baixariam nos aparelhos mediúnicos, enquanto os médicos de cura
física terrena atuariam nos médicos profissionais encarnados na Terra.” (Tia
Neiva, s/d)
•
“Em muitos casos, as perturbações mentais dominam o homem de um modo clínico,
pois todos os transtornos são de motivos psíquicos, profundos, dolorosos, de
acordo com a sensibilidade do caso, da região afetada alucinatória. Devemos
considerar o fator psíquico mesmo que seja no pé. Temos que destacar com um
trabalho desobsessivo. Me faz lembrar de um homem que tinha uma grande dor na
espinha a ponto de não poder sentar-se. Não podia mais andar.
Os médicos
tiraram diversas radiografias e o homem sempre pior. Chegou no Templo em uma
cadeira de rodas, que mal podia sentar. Cheguei também na hora. Quando me viram
foram dizendo: Este homem teve meningite e ficou com este defeito na espinha. O
coitado ficou aleijado e o médico diz que não tem nada, é um absurdo! Percebi
que se tratava de um ELÍTRIO. Mandei que passasse em três tronos. Os Pretos
Velhos mandaram que ele voltasse e, por fim, encontrei o homem restabelecido.”
(Tia Neiva, 16.3.78)
“Pensamos naquele homem cuja perna ia perder. Chegou um cientista e, no plano
físico, lhe deu um remédio e o libertou. O homem, com suas duas pernas, se pôs
a correr e a se chocar, em desafio com outros homens. Voltou à sua dor
primária, indo ver-se em seu antigo estado. O cientista, tornando a vê-lo,
triste, foi- lhe dar o mesmo remédio. Não, ele não precisava mais do cientista!
Desta vez sua doença era na alma. Enganou-se: o cientista tirou do bolso o
Evangelho e lhe deu sua cura!” (Tia Neiva, 12.12.78)
“Ponha uma toalha branca em uma mesa, acenda uma vela, ponha um copo de água ,
seu talismã, sua cruz e um pequeno defumador. Faça a Prece de Simiromba,
sentindo com amor a presença dos Mentores e, em Jesus, processe a sua cura, a
cura desobsessiva. A cura desobsessiva é a cura física. Cura, por exemplo, uma
grande perturbação, já que tira o espírito perseguidor. Homens perseguidos por
um espírito que maltrata a família e que o faz perder seus negócios; homens que
vivem em total miséria, que se entregam ao ridículo com vícios, etc.
Salve Deus! Coloque-se neste pequeno ritual e faça sua cura. Se um Preto
Velho quiser baixar, poderá fazer o seu Aledá. Agradeça a Deus, com amor!” (Tia
Neiva, 13.10.83)
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