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quarta-feira, setembro 07, 2011

As Tripas á moda do Porto

Devido aos sacrifícios que fizeram para apoiar a preparação da armada que partiu, em 1415, para a conquista de Ceuta tendo a população do Porto oferecido aos expedicionários toda a carne disponível, ficando apenas com as tripas para a alimentação, tendo com elas confeccionado um prato saboroso que hoje é menu obrigatório em qualquer restaurante. Os naturais do Porto ganharam a alcunha de "tripeiros", uma expressão mais carinhosa que pejorativa. É também esta a razão pela qual o prato tradicional da cidade ainda é, hoje em dia, as "Tripas à moda do Porto". Existe uma confraria especialmente dedicada a este prato típico .

Desempenhou um papel fundamental na defesa dos ideais do liberalismo nas batalhas do século XIX Aliás, a coragem com que suportou o cerco das tropas miguelistas durante a guerra civil de 1832-34 e os feitos valerosos cometidos pelos seus habitantes — o famoso Cerco do Porto— valeram-lhe mesmo a atribuição, pela rainha D. Maria II, do título — único entre as demais cidades de Portugal — de Invicta Cidade do Porto (ainda hoje presente no listel das suas armas), donde o epíteto com que é frequentemente mencionada por antonomácia - a «Invicta». Alberga numa das suas muitas igrejas - a da Lapa - o coração de D.Pedro IV de Portugal, que o ofereceu à população da cidade em homenagem ao contributo dado pelos seus habitantes à causa liberal.

terça-feira, agosto 10, 2010

Funicular

Funicular dos Guindais na cidade do Porto Um funicular é um carro de cabos que circula sobre carris; a sua principal função é o transporte de passageiros ou carga ao longo de encostas. Uma linha de funicular é normalmente constituída por dois carros puxados por um cabo de aço, um em cada extremo da linha; partem ao mesmo tempo numa linha única e a meio do percurso a linha divide-se em duas permitindo o cruzamento. O nome deriva do latim, funiculus, diminutivo de funis que significa "corda". Os primeiros funiculares funcionavam com a força da água (através de uma roda de água que puxava o carro) e eram utilizados sobretudo no embarque e desembarque de navios que circulavam em canais. Um dos primeiros funiculares foi construído em 1777 no Tyrone canal, na Irlanda. No século XIX, com o começo da era dos canais os funiculares foram muito utilizados. A tracção animal foi também no início uma forma de funcionamento, contudo, mais tarde, o contrapeso de água passou a ser o mecanismo preferencial, tal como no funicular de Montmartre. A tracção eléctrica foi a mais actual inovação no que diz respeito à locomoção dos funiculares. O primeiro funicular em Portugal, e também na Península Ibérica, foi o Elevador do Bom Jesus em Braga. O projecto é do engenheiro suíço Nikolaus Riggenbach e foi inaugurado em 1882. Foi nessa obra que se notabilizou o engenheiro português de ascendência francesa Mesnier du Ponsard, que veio a constituir a Companhia dos Ascensores em Lisboa. Foi aí que construiu grande parte da sua obra, na qual se destacam o elevador de Santa Justa, o elevador da Lavra, o elevador da Glória e o elevador da Bica. O Funicular dos Guindais é uma ferrovia que se localiza na cidade do Porto e liga a Praça da Batalha à Praça da Ribeira. O funicular original, projectado por Raul Mesnier, foi inaugurado em 4 de Junho de 1891, e fechou dois anos depois devido a um grave acidente em 5 de Junho de 1893. Foi totalmente recuperado depois de um século de inactividade. Mais de que um simples meio de transporte, o funicular dos Guindais significa uma excelente oportunidade de fazer um passeio turístico entre duas zonas monumentais da cidade Invicta. O funicular actual abriu em 19 de Fevereiro de 2004 e é operado pelo Metro do Porto. Fonte: Wikipédia.

domingo, junho 20, 2010

EM MEMÓRIA A JOSÉ SARAMAGO




Catorze de Junho

Por Fundação José Saramago

Cerremos esta porta.
Devagar, devagar, as roupas caiam
Como de si mesmos se despiam deuses,
E nós o somos, por tão humanos sermos.
É quanto nos foi dado: nada.
Não digamos palavras, suspiremos apenas
Porque o tempo nos olha.
Alguém terá criado antes de ti o sol,
E a lua, e o cometa, o negro espaço,
As estrelas infinitas.
Se juntos, que faremos? O mundo seja,
Como um barco no mar, ou pão na mesa,
Ou rumoroso leito.
Não se afastou o tempo. Assiste e quer.
É já pergunta o seu olhar agudo
À primeira palavra que dizemos:
Tudo.