segunda-feira, agosto 03, 2015

Salve os Pretos Velhos do Amanhecer


Salve Deus. Salve Pai João das Matas e Graças a Deus. Salve Pai João de Enoque e Graças a Deus. Salve Pai Joaquim das Almas e Graças a Deus. Salve Mãe Tildes e Graças a Deus. Salve Vovô Agripino e Graças a Deus. Salve Vovô Marilu e Graças a Deus. Salve Pai Samuel e Graças a Deus. Salve Pai Zé Pedro de Enoque e Graças a Deus. Salve Mãe Rosário e Graças a Deus. Salve Pai João de Aruanda e Graças a Deus. Salve Vovó Sabina de Aruanda. Salve Pai Jacó e Graças a Deus. Salve Vovó Cambina e Graças a Deus. Salve Pai Joaquim das Praias e Graças a Deus. Salve Vovó Benedita do Oriente Maior e Graças a Deus. Salve Pai Zambô e Graças a Deus. Salve Pai Joaquim das Almas de Enoque e Graças a Deus. Salve Vovó Maria Conga e Graças a Deus. Salve Pai José do Oriente e Graças a Deus. Salve Pai Zé Pedro das Águas e Graças a Deus. Salve Mãe Maria Baiana e Graças a Deus. Salve Pai João do Congo e Graças a Deus. Salve Pai Crispim e Graças a Deus. Salve Pai João da Guiné e Graças a Deus. Salve Mãe Maria de Carmélia e Graças a Deus. Salve Vovó Ingrid das Cachoeiras e Graças a Deus. Salve Pai Índio José de Amacê e Graças a Deus. Salve Pai Tomé e Graças a Deus. Salve Vovó Francisca das Almas e Graças a Deus. Salve Pai João do Tibet e Graças a Deus. Salve Mãe Sofia e Graças a Deus. Salve Pai Casteliano Cigano e Graças a Deus. Salve Vovô Nazário e Graças a Deus. Salve Pai Joaquim das Cachoeiras e Graças a Deus. Salve Pai Joaquim de Enoque e Graças a Deus. Salve Pai João da Caridade e Graças a Deus. Salve Pai Joaquim de Aruanda e Graças a Deus. Salve Vovó Catarina das Águas e Graças a Deus. Salve Pai Cipriano e Graças a Deus. Salve Vovó Anastácia das Cachoeiras e Graças a Deus. Salve Pai Benedito Angolano e Graças a Deus. Salve Pai Cinplício e Graças a Deus. Salve Pai Emanuel do Oriente e Graças a Deus. Salve Vovó Terezinha de Angola e Graças a Deus. Salve Pai Francisco do Grande Oriente e Graças a Deus. Salve Pai João Carreiro e Graças a Deus. Salve Pai Joaquim das Pedreiras e Graças a Deus. Salve Pai Manoel das Águas. Salve Pai Narciso de Nagô e Graças a Deus. Salve Mãe Maria de Aruanda e Graças a Deus. Salve Pai Pedro de Ancuns e Graças a Deus. Salve Pai Ramin do Oriente e Graças a Deus. Salve Pai Samuel dos Himalaias e Graças a Deus. Salve Vovó Ana das Cachoeiras e Graças a Deus. Salve Pai Tomaz do Cativeiro e Graças a Deus. Salve Pai Tomé e Graças a Deus. Salve Vovô Cassiano e Graças a Deus. Salve Vovó Maria Conga do Cruzeiro e Graça a Deus. Salve Mãe Sara de Enoque e Graças a Deus. Salve Vovô Indu e Graças a Deus.


Salve a falange bendita dos pretos velhos do Amanhecer. Salve os espíritos iluminados que se apresentam na roupagem de pretos velhos para se aproximar de cada um de nós. Salve os abnegados pretos velhos que saem dos pés de Jesus, Divino e Amado Mestre, para trazer a cura desobsessiva dando a cada um o que é do seu merecimento. Salve os espíritos de luz que como pretos velhos chegam trazendo a cura desobsessiva sem PEDIR nada em troca. Salve os pretos velhos do Amanhecer que depois de várias encarnações sofrendo, aprendendo e evoluindo hoje são amor incondicional a serviço da caridade. Salve Deus todos os pretos velhos do Amanhecer que são incontáveis para caberem neste texto e graças a Deus.

sábado, julho 25, 2015

Iphan quer Vale do Amanhecer como Patrimônio Cultural Brasileiro



Depois de inventariar todas as obras de Oscar Niemeyer, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) parte para uma nova cruzada da qual começa a obter os primeiros frutos. O Inventário Nacional de Referências Culturais do Vale do Amanhecer, que a Superintendência do Iphan no Distrito Federal acaba de lançar, aponta para um novo caminho: o órgão quer mapear a cultura imaterial da região para propor, no futuro, um registro no livro dos lugares do Patrimônio Cultural Brasileiro. O Vale do Amanhecer e os terreiros de Brasília são os primeiros da lista.

Durante dois anos, um grupo de pesquisadores, formado por antropólogos e historiadores do Iphan, debruçou-se sobre a história e a organização do Vale do Amanhecer com a intenção de produzir um documento que servisse como registro detalhado das atividades iniciadas por Tia Neiva nos anos 1960. Dividido em três capítulos, o livro é o que Alfredo Gastal, superintendente do Iphan no DF, aponta como uma tentativa de driblar preconceitos e celebrar a diversidade cultural brasileira. “Ficar só falando da produção da elite é um pouco de alienação. Uma das funções que temos no Iphan é não nos atermos a uma religião ou seita específica”, diz. “E queríamos que o livro fizesse uma avaliação do ponto de vista acadêmico, mas que não fosse maçante, chato, para que um leigo pudesse entender. Essas manifestações populares, democráticas e espontâneas merecem ser registradas porque têm um impacto enorme.”

Segundo a pesquisa, o Vale do Amanhecer é a primeira manifestação religiosa nascida com a capital e se inscreve numa tradição mística que ronda Brasília desde antes da construção. No fim do século 19, o sonho de Dom Bosco anunciou ser esta a terra do leite e do mel. Já o mestre Yokanaam trouxe para cá sua Cidade Eclética antes de JK iniciar as obras, e o francês Pierre Weill criou, com anuência do estado, a Universidade Holística na Cidade da Paz (Unipaz). Mas, quando Neiva decidiu comprar a xácara para nela instalar a comunidade do Vale do Amanhecer com sua complicada estrutura hierárquica e doutrina construída com base em referências cristãs, espíritas e até orientais, ainda não havia por aqui nenhuma manifestação cultural-religiosa nascida com a cidade. “Entendemos o Vale do Amanhecer como uma espécie de ícone dessa Brasília mística”, explica o antropólogo Marcelo Reis.

A primeira etapa de pesquisa para o livro se concentrou no reconhecimento das particularidades culturais da comunidade. Em seguida, a equipe trabalhou na identificação das referências para depois documentar, com entrevistas com os membros mais antigos e pioneiros, a memória do vale. Tia Neiva ganhou um capítulo especial, já que não há como dissociá-la da razão de ser da comunidade. “Criador e criatura são indistintos. Ela é a grande matriz fundadora desse universo religioso”, explica Marcelo.

CLARIVIDENTE DE FIBRA

Neiva Zelaya chegou ao Planalto Central em 1957. Viúva, aceitou o convite do padrinho de casamento, Bernardo Sayão, para ajudar nas obras de construção da cidade. Neiva já carregava uma bagagem surpreendente. Perdeu o marido aos 24 anos e, contra a vontade da família, decidiu criar os três filhos sozinha. Primeiro, montou um Cine Foto e começou a trabalhar como fotógrafa e laboratorista no interior de Goiás, mas as químicas usadas na revelação lhe causaram problemas respiratórios e Neiva trocou o comércio por uma xácara. Cuidou sozinha do cultivo até perceber que o trabalho era pesado demais. Vendeu a xácara e comprou um caminhão.

Foi como caminhoneira e motorista de ônibus, função que exerceu por um tempo em Goiânia, que Neiva chegou a Brasília, onde teve as primeiras visões que a tornaram conhecida como clarividente e a levaram aos arredores de Planaltina para fundar o Vale do Amanhecer. Durante os anos 1970 e 1980, a doutrina chamou atenção no país e Tia Neiva passou a frequentar a média com certa assiduidade. Conhecido como local de tratamento espiritual, mas também de visões e previsões, o Vale atraía olhares e adeptos curiosos. Tia Neiva recebia políticos e personalidades e costumava ser convidada para realizar previsões em programas de televisão.


Após sua morte, em 1985, o interesse pelo Vale diminuiu. Com o crescimento urbano, o que era uma comunidade isolada acabou por se mesclar a cidades vizinhas e a conviver com outras manifestações religiosas. Hoje, o Vale divide espaço com templos evangélicos e igrejas católicas. “O inventário é um grande reconhecimento da nossa relevância”, constata Jairo Zelaya, neto de Tia Neiva. “Sempre houve uma visão deturpada, carregada de preconceito, e esse livro traz uma sistematização muitíssimo detalhada do que é o Vale do Amanhecer. Os trabalhos acadêmicos sempre abordavam um tema circunscrito e esse trabalho do Iphan é o mais amplo já feito sobre o Vale.”

Ser Espírita